terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Espelho
Um companheiro. Nos escuta quando não falamos, reflete o que pensamos, revela nossas expressões e traduz nossa fragilidade. Não se aproveita de nada disso. Apenas nos faz companhia quando mais precisamos.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Pensamentos soltos
- Eu disse isso? - Pergunta o homem, com voz firme.
- Disse sim... - Responde a criança cabisbaixa, quase sem voz, encarando o chão.
- Você é um mentiroso! - Exaltado, os olhos bem abertos, ele retruca.
- Não tô mentindo, você disse...
- EU NÃO DISSE ISSO, SEU MENTIROSO! - Descontrolado, o homem grita brutamente, com o dedo em riste e a expressão de raiva que apavoraria qualquer um (principalmente uma criança).
Silêncio. A mulher leva de volta ao quarto a criança, que já não consegue segurar os soluços consecutivos, e nem enxugar os olhos de onde jorram lágrimas atrevidas.
- Eu acredito em você. Eu te amo, filho. - A mulher fala baixinho, quase sussurrando, as palavras de mãe invadindo o desespero da criança e acalentando seu corpo encolhido, confortando um coração machucado.
E a criança cresceu. Cresceu ouvindo que pai é que cria, mas nunca concordou. Ela sempre foi grata pela educação que recebeu daquele homem, pela paciência, pela ajuda e pelo carinho, que de certa forma não faltou. O grande problema é que a criança crescida ainda tem aquele filme na cabeça, aquelas imagens que vem junto com a raiva, e que a fazem lembrar que pai, de sangue ou não, não chama filho de mentiroso sem razão.
domingo, 2 de dezembro de 2012
Veia artística
Não tenho. Vejo por aí pessoas amarguradas, sentidas, que sofrem amores que foram e que ainda estão por vir. Que sofrem a vida, a solidão, a mesmice, as decepções e os traumas. Sofrem o passado, o presente e o futuro. Choram, bebem, gritam, brigam. Morrem. Bom, as pessoas são as pessoas, deixa elas. Mas e eu? Não sou nem o centro do meu mundo. Penso nas pessoas antes de pensar em mim (pode parecer ironia pra algum leitor em especial, mas não é). Sou só mais um... Sou o adepto sem graça de uma filosofia que me traz felicidade, mas que arranca a mesma de mim em milésimos de segundo: a do sorriso gratuito. Distribuo sorrisos e visto máscaras que escondem meus problemas. Afinal, sorrir faz bem, e ninguém merece meu mau humor. A custo do tempo, conquisto pessoas pelo meu jeito, pela tranquilidade e por ser o bonzinho. Mas do bonzinho é difícil de lembrar, porque ele não fede e nem cheira. Ele só se fode.
E a veia artística, o que tem com isso? Arte não é felicidade, sorriso ou algo parecido. Arte é drama, é tristeza, solidão. É a lágrima no papel, o fim das esperanças, a raiva, transtorno. E se a arte não é sombria, é porque o artista não está em um momento sombrio.
Não tenho veia artística. Mas tenho um furacão de sentimentos e pensamentos. Tenho algo pra dizer. Infelizmente, o sorriso me limita. Que venham então as sombras.
E a veia artística, o que tem com isso? Arte não é felicidade, sorriso ou algo parecido. Arte é drama, é tristeza, solidão. É a lágrima no papel, o fim das esperanças, a raiva, transtorno. E se a arte não é sombria, é porque o artista não está em um momento sombrio.
Não tenho veia artística. Mas tenho um furacão de sentimentos e pensamentos. Tenho algo pra dizer. Infelizmente, o sorriso me limita. Que venham então as sombras.
domingo, 7 de novembro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Respostas?
Respostas. Procurei, procurei e não as encontrei. Me restou acusar a loucura alheia. Puro egoísmo. Parcela de culpa? A maior foi minha. Mal sabia eu que o amor se faz do simples, do sorriso, da sinceridade, da intimidade, do errar(o maior dos meus medos) e do acertar. Assim, me privando dos erros tão necessários, passei despercebido por alguém que ainda percebo, e aquilo que nem se fez, se desfez. Parcela de culpa? A culpa foi toda minha.
Agora, o que pertence ao passado, fica no passado. (ufa...)
E preciso dizer: me sinto muito melhor.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Escrever..
Escrever, me expor, mostrar meus pontos de vista, falar coisas com ou sem nexo, falar de coisas importantes ou não, com o intuito de fazer alguem ler e se identificar, absorver algo. Hoje sentí necessidade disso, uma vontade estranha. E aqui estou, às 02:51 da manhã de uma segunda feira (pretendendo dormir e acordar às 08:00), simplesmente escrevendo, sem ter um assunto específico, que possa causar discussões... apenas falando, sem ter nada a dizer. Digo então que é bom escrever, colocar pra fora coisas que querem sair, coisas que simplesmente saem de dentro da cabeça e coisas que nao querem sair, mas que precisam sair para que você possa se sentir melhor. Digo também que escrever é prazeroso, é como uma terapia, que tira o stress e te deixa feliz de alguma forma, por algum motivo indeterminado, que nao precisa que ninguem o determine. Escrever sem nenhum compromisso (diga-se de passagem) é bom, é relaxante.
Relaxado e feliz, após uma curta, mas prazerosa seção de terapia, termino meu post metalinguístico. (:
Relaxado e feliz, após uma curta, mas prazerosa seção de terapia, termino meu post metalinguístico. (:
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